domingo, 31 de maio de 2015

Conta lá tu o fim!

A blogger de A Limonada da Vida lançou o desafio de escreverem vocês o final que tem como objetivo criarmos o desfecho de uma história que, neste caso, a Limonada começou.

A Limonada:

Comecemos:

“ No seu quarto Joana angustiava,
 – como é possível? Ainda há 2 semanas experimentei o vestido e estava tudo bem! Isto tem de resultar, vou experimentar o corpete que o Francisco me ofereceu no dia dos namorados. Se eu apertar estas banhas o vestido servirá na certa! Oh não! O fecho não passa daqui e o casamento é daqui a duas horas. Mãe! Mãe, anda cá, por favor! Preciso da tua ajuda. O vestido não me serve. Maldita dieta do limão!
(chega a mãe)
 - Então, ainda não te maquilhaste?
- Mãe, por favor, não me pressiones mais ainda! Preciso de caber dentro deste vestido, dê por onde der! Liga à tua costureira Maria, e ela que venha cá em dois passos.
(chega a costureira)
- Ó menina Joana, isto não tem solução, eu não tenho tecido para lhe fazer o acrescento. Essa barriga está enorme, o fecho não passa da cintura. Tem a certeza de que não estará grávida?".

Para além da paisagem:

“Não, não podia ser” – pensava Joana. Decerto que, se dissesse às pessoas naquele quarto,  que tinha feito um voto de castidade até ao casamento, ninguém entenderia. Até Francisco, quando ela lho sugeriu, franziu o sobrolho. Mas ele entendeu, e até se animou com a ideia, enfim, dizendo que assim teriam tempo para se preparar, para se entregarem por completo um ao outro.
Mas Joana não tinha sido fiel. A si mesma, sobretudo. Os pensamentos pecaminosos assolavam-lhe as noites quentes, em que não conseguia dormir. Pensava naquele homem alto, cabelo desalinhado, suor a escorrer do rosto enquanto desbravava minis no café da esquina. Olhava-a quando passava apressada com os preparativos do seu casamento. Ela sentia-se observada…e adorava! À noite, pensava nas suas mãos calejadas e como seria senti-las a percorrer cada centímetro do seu corpo, ávido de prazer.
Para afastar esses pensamentos, Joana abria todos os dias a última gaveta da sua mesa-de-cabeceira e retirava barras de chocolate que devorava como quem devora um comprimido, esperando que faça efeito rápido. Para que a sua mente se acalmasse.
“Teria sido isto que me fez engordar em duas semanas?” – pensou.
“Saiam todas… Deixem-me sozinha, vou caber nesse vestido mas deixem-me tentar sozinha!”
A mãe respeitou, mesmo sem entender. Maria também saiu e foi-se embora, fechando a porta da rua calmamente atrás de si. Suspirou e sentiu-se aliviada. Com certeza que Joana não caberia no vestido. Os dois centímetros que retirara propositadamente ao vestido não o permitiriam. Assim, Maria poderia afagar o cabelo de Francisco mais uma noite. Mais uma noite de castidade em que Francisco se preparava para o casamento com Joana, enrolado nos lençóis de Maria. Duplamente se sentia Maria aliviada, pensando: “ Bem feita, ninguém te mandou invejar o meu homem, quando ele está no café a beber as suas cervejas e te olha de cima abaixo….”

No quarto, Joana desistia. De tudo. Abriu a gaveta e comeu o último chocolate.

Atualidades:

Já sem esperanças, eis que entra de rompante no seu quarto um homem alto, de cabelo moreno reluzente e com uns olhinhos de bambi prestes a lacrimejar. Joana sentiu que o mundo lhe caía. Não sabia como era possível estar ele ali a uma hora de... muita coisa. 
Ele, sem explicações, beija-a num momento de puro prazer. Irracionais, aquecem-se por entre os lençóis de cetim e as pétalas vermelhas que se confundem com a cor vermelha que sai de Joana. No fundo, o impossível torna-se possível.
Deixa de se sentir só para passar a ser amada, para passar a ir à lua com simples beijos e carícias. Pensa nas saudades que tinha de ter alguém com quem ser a Joana sem explicações. A Joana da insatisfação permanente que não passa e o Tomás que também não queria saber de nada mais. Só dela.
Queria levar a mulher que lhe dava tudo. A mulher que o amava. A mulher a quem ele queria amar, porque extraordinária. 

(agora é a minha vez)

De repente, Francisco entra no quarto com esperanças de que Joana já estivesse dentro do vestido, quando se depara com esta situação. Irritado, sai do quarto batendo com a porta. Joana, sem saber o que fazer, segue o seu instinto e veste uma roupa rápida saindo também do quarto para ir atrás de Francisco. Quando sai do quarto, Joana vê Maria rindo-se abraçando Francisco e vai ao alcance dos mesmos. Tomás, confuso, sai também do quarto para ir ter com Joana. Gera-se assim, uma grande confusão e  confronto entre Joana, Francisco, Maria e Tomás.
Maria mete conversa:
- Achas normal, no dia do teu casamento andares metida com outro?
-Não foi isso que se passou e não tens nada a ver com isso- responde Joana.
-Tenho sim senhora! Primeiro invejas o meu homem e agora é este?
-O quê? De que estás a falar?

Um, dois, três, agora escrevam vocês! 

Peguei em histórias das bloggers Atualidades e Para Além da Paisagem

PS: O vosso final pode ser escrito directamente nos comentários, ou escrito nos vossos blogues (para quem os tem) e partilhando o link aqui nos comentários.














1 comentário:

  1. Está a confusão instalada!!! Muito bom, Smartieteen! Parece uma novela. Quem ficará com quem?

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